Programação do I Escambito das Águas
Serra Cariri
18 de Outubro de 2014. Sábado pela manhã.
10:00 horas - Grupo de Teatro Louco em Cena. Barbalha
– Ceará.
O
Grupo de Teatro Louco em Cena nasceu do ideal de se fazer teatro para as pessoa
da cidade de Barbalha, era maio de 1999 e jovens preocupados com a cultura
fragilizada na cidade, se identificaram com as artes cênicas e iniciaram o
processo de formação de um grupo de teatro, com objetivo de ajudar na formação
de plateias e atores, para o crescimento do fluxo teatral na Região. Foi
proposto o nome provisório: Grupo de Teatro Clipes, depois passou a ser Mascara
do Riso e do Choro, mas com o amadurecimento o grupo passou a ser chamado Grupo
de Teatro Louco em Cena, nome que traz na sua essência a maneira de ser e de
fazer teatro. O nome do grupo é Grupo de Teatro Louco em Cena, devido a um
louco que se falava na Grécia antiga, em ocasiões diversas ele se vestia de rei
e afirmava ser o deus Dioniso, seria ele um louco ou um ato. É essa a reverencia
e a audácia que o grupo tem em fazer teatro “Ser ou não Ser“. O Louco Seria um
ator que nos rituais a o deus Dionísio incorporava o personagem (deus Dioniso)?
Fenômeno que marcou o surgimento do primeiro ator na historia do teatro Grego.
Nos seus dez anos de existência, os componentes, vendo a importância para uma
parceria (patrocínio ou apoio a cultura e a arte), tomaram a iniciativa de
legalizar o grupo como pessoa Jurídica, fundando o Corrupio Povo Cariri,
Instituto de Educação, Pesquisa, Arte, Cultura e Informação, o qual o grupo de
teatro hoje faz parte gerenciando-o, para fomentar e democratizar a cultural
com maior amplitude.
Espetáculo: Retalhos
de minha Terra.
Autor e Diretor: Gilsimar Gonçalves.
Elenco:
Alisson Santos, Anderson Matias, Cirlaedna Pereira e Pértrousson Fidelis.
Técnico:
Raimundo Lopes.
Release: Retalhos
de Minha Terra é um espetáculo que tem como base os recortes da memória
local e regional. São traços da cultura e das lendas de um povo, que traz em
suas entranhas o gosto de viver e de fazer a cultura acontecer em
uma terra brejeira e de saudosa memória.
Duração: 50
minutos.
11:00 horas - Grupo de
Mulheres Negras do Cariri – Pretas Simoa.
Crato - Ceará.
O Pretas Simoa nasce com a junção de mulheres negras cansadas
de não verem suas especificidades serem discutidas dentro do cenário do cariri.
Somos um grupo relativamente novo, nossa junção data de fevereiro de 2014.
Nossa abordagem não é meramente teórica, nossa pretensão é e sempre será está
junto ao nosso povo tão sofrido. Da nossa formação até esta data já temos
participado de vários eventos, sendo nossa primeira ação a foto intervenção “
Da Senzala ao Cartão-Postal”, seguida da ação “tribunal de rua” lançada no dia
08 de março do corrente ano. Participamos de eventos na Urca, Leão Sampaio. Bem
como em bairros periféricos, como uma ação da Pec no bairro Alto da Penha em
Crato, onde levamos essa discussão sobre a Pec das domésticas a quem de fato
interessava. Fizemos também o sarau das pretas, no dia 25 de julho- dia da
mulher negra. No evento estopim fizemos também um sarau, “espelho – história de
mulheres negras em primeira pessoa”.
Espetáculo: Tribunal
de Rua.
Autor e Diretor: Pretas Simoa.
Elenco: Amanda
Agressiva, Daiane Feitosa, Dayze Agressiva, Jessyca Diniz, Karina Agressiva,
Karla Agressiva, Marlucia Marcelino, Michele Ferreira, Priscila Salvatore, Tatá
Tavares e Yasmin Rodrigues.
Release: Essa
intervenção foi contextualizada em alusão e em memória de um cidadão negro, com
transtornos mentais, que fora preso a um poste cidade de Crato. Uma ligação com
a música “tribunal de rua” do grupo o Rappa fecha a montagem da intervenção.
Para contextualizar as demandas das mulheres negras, estatísticas e dados
relevantes são colados aos corpos das ativistas, chamando atenção para a
situação das pretas brasileiras, que lamentavelmente são parte das piores e
mais revoltantes estatísticas de exclusão e violação de direitos do nosso
país.
Duração: 30
minutos.
11 horas e 30 minutos - Grupo Coletivo
Camaradas. Crato - Ceará.
Um grupo do
Cariri com outra percepção faz da arte emergir nova significação: educação e
estética, luta, amor e poética, em conjunta atuação! Educação informal, política de integração, emergência marginal,
periferia em ação, preocupação social, confluência cultural tudo em outra
dimensão! Fazer colaborativo, muita socialização, agir comunicativo, múltipla
compreensão. É o tecido social mostrando a vida real causando reinvenção! A rua
como estandarte da prática cultural a teia viva da arte vibrando em todo
quintal. Novas linguagens surgindo
o cheiro do que vem vindo em ebulição total! Arte feita pelo povo em pleno meio
da feira transformando arroz e ovo em notícia alvissareira gente comum atuando
todos protagonizando uma arte sem fronteira! Estudantes descobrindo seu
potencial latente muito talento surgindo sob o foco desta lente que, com arte-educação, constrói a revolução
como quem planta semente! Diálogo multifocal respeito à diversidade performance
teatral de grande inventividade cultivando a utopia abraçando a rebeldia e
beijando a liberdade! Assim é o Coletivo chamado de Camaradas. Um grupo mui
criativo nascido lá nas quebradas bem ao sul do Ceará que pra melhor explicar
recorro à rima encantada: Constelação de Hermanos batalhão de gente boa. Bando
de seres humanos, caravana de pessoas. Malta de batalhadores, cabruêra de
inventores. Time figura de proa, congregação de artistas. Consórcio de
trovadores, conclave de paisagistas. Elenco de cantadores, plêiade de
zabumbeiros. Família de batuqueiros, multidão de bons atores. Tertúlia de
grafiteiros, ruma de fotografistas. Orquestra de educadores, quadrilha de
equilibristas. Fauna de recitadores, turma de compositores. Enxame de
ensaístas, alcatéia de dançantes. Boiada de escultores, tropa de comediantes.
Cardume de redatores, manada de desenhistas. Matilha de musicistas, ninhada de
emboladores. Rebanho de cordelistas, revoada de pintores. Penca de
cinegrafistas, alameda de
escritores. Frota de xilografistas, cordilheira de estilistas. Magote de
produtores, arquipelágo de modistas. Esquadrilha de autores, flora de
artesanistas. Molho de restauradores, lote de coreografistas. Ramalhete de
ativistas, cambada de vencedores! Eis então um Coletivo cheio de camaradagem.
Acontecimento vivo carregado de imagem pra quem faço esta oração e invocando
uma canção: Saúdo a quem tem coragem!
Espetáculo: Retroceder
jamais.
Autores: Alexandre
Lucas, Eduardo Victor, Ivanilson Felix, Jordlyane Almeida, Ricardo Alves e
Thais Lima.
Diretor: Coletivo Camaradas.
Elenco: Alexandre
Lucas, Eduardo Victor, Ivanilson, Jordlyane Almeida, Ricardo Alves e Thais
Lima.
Release: Esta
ação tem como perspectiva alertar a sociedade a cerca dos perigos que corremos
ao permitirmos que a direita retorne ao poder, iremos por meio de stencil e
lambe lambe realizar ações de
intervenções urbanas sinalizando ações antidireita.
Duração: 45
minutos.
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