quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Programação do I Escambito das Águas
Serra Cariri


18 de Outubro de 2014. Sábado pela manhã.
Barbalha, Ceará, Centro.






10:00 horas - Grupo de Teatro Louco em Cena. Barbalha – Ceará.

O Grupo de Teatro Louco em Cena nasceu do ideal de se fazer teatro para as pessoa da cidade de Barbalha, era maio de 1999 e jovens preocupados com a cultura fragilizada na cidade, se identificaram com as artes cênicas e iniciaram o processo de formação de um grupo de teatro, com objetivo de ajudar na formação de plateias e atores, para o crescimento do fluxo teatral na Região. Foi proposto o nome provisório: Grupo de Teatro Clipes, depois passou a ser Mascara do Riso e do Choro, mas com o amadurecimento o grupo passou a ser chamado Grupo de Teatro Louco em Cena, nome que traz na sua essência a maneira de ser e de fazer teatro. O nome do grupo é Grupo de Teatro Louco em Cena, devido a um louco que se falava na Grécia antiga, em ocasiões diversas ele se vestia de rei e afirmava ser o deus Dioniso, seria ele um louco ou um ato. É essa a reverencia e a audácia que o grupo tem em fazer teatro “Ser ou não Ser“. O Louco Seria um ator que nos rituais a o deus Dionísio incorporava o personagem (deus Dioniso)? Fenômeno que marcou o surgimento do primeiro ator na historia do teatro Grego. Nos seus dez anos de existência, os componentes, vendo a importância para uma parceria (patrocínio ou apoio a cultura e a arte), tomaram a iniciativa de legalizar o grupo como pessoa Jurídica, fundando o Corrupio Povo Cariri, Instituto de Educação, Pesquisa, Arte, Cultura e Informação, o qual o grupo de teatro hoje faz parte gerenciando-o, para fomentar e democratizar a cultural com maior amplitude.







Espetáculo: Retalhos de minha Terra.  
Autor e Diretor: Gilsimar Gonçalves.
Elenco: Alisson Santos, Anderson Matias, Cirlaedna Pereira e Pértrousson Fidelis.
Técnico: Raimundo Lopes.
Release: Retalhos de Minha Terra é um espetáculo que tem como base os recortes da memória local e regional. São traços da cultura e das lendas de um povo, que traz em suas entranhas o gosto de viver e de fazer a cultura acontecer em uma terra brejeira e de saudosa memória.
Duração: 50 minutos.



11:00 horas - Grupo de Mulheres Negras do Cariri – Pretas Simoa. 
Crato - Ceará.

O Pretas Simoa nasce com a junção de mulheres negras cansadas de não verem suas especificidades serem discutidas dentro do cenário do cariri. Somos um grupo relativamente novo, nossa junção data de fevereiro de 2014. Nossa abordagem não é meramente teórica, nossa pretensão é e sempre será está junto ao nosso povo tão sofrido. Da nossa formação até esta data já temos participado de vários eventos, sendo nossa primeira ação a foto intervenção “ Da Senzala ao Cartão-Postal”, seguida da ação “tribunal de rua” lançada no dia 08 de março do corrente ano. Participamos de eventos na Urca, Leão Sampaio. Bem como em bairros periféricos, como uma ação da Pec no bairro Alto da Penha em Crato, onde levamos essa discussão sobre a Pec das domésticas a quem de fato interessava. Fizemos também o sarau das pretas, no dia 25 de julho- dia da mulher negra. No evento estopim fizemos também um sarau, “espelho – história de mulheres negras em primeira pessoa”.






Espetáculo: Tribunal de Rua.
Autor e Diretor: Pretas Simoa.
Elenco: Amanda Agressiva, Daiane Feitosa, Dayze Agressiva, Jessyca Diniz, Karina Agressiva, Karla Agressiva, Marlucia Marcelino, Michele Ferreira, Priscila Salvatore, Tatá Tavares e Yasmin Rodrigues.
Release: Essa intervenção foi contextualizada em alusão e em memória de um cidadão negro, com transtornos mentais, que fora preso a um poste cidade de Crato. Uma ligação com a música “tribunal de rua” do grupo o Rappa fecha a montagem da intervenção. Para contextualizar as demandas das mulheres negras, estatísticas e dados relevantes são colados aos corpos das ativistas, chamando atenção para a situação das pretas brasileiras, que lamentavelmente são parte das piores e mais revoltantes estatísticas de exclusão e violação de direitos do nosso país.  
Duração: 30 minutos. 



11 horas e 30 minutos - Grupo Coletivo Camaradas. Crato - Ceará.

Um grupo do Cariri com outra percepção faz da arte emergir nova significação: educação e estética, luta, amor e poética, em conjunta atuação! Educação informal, política de integração, emergência marginal, periferia em ação, preocupação social, confluência cultural tudo em outra dimensão! Fazer colaborativo, muita socialização, agir comunicativo, múltipla compreensão. É o tecido social mostrando a vida real causando reinvenção! A rua como estandarte da prática cultural a teia viva da arte vibrando em todo quintal. Novas linguagens surgindo o cheiro do que vem vindo em ebulição total! Arte feita pelo povo em pleno meio da feira transformando arroz e ovo em notícia alvissareira gente comum atuando todos protagonizando uma arte sem fronteira! Estudantes descobrindo seu potencial latente muito talento surgindo sob o foco desta lente que, com arte-educação, constrói a revolução como quem planta semente! Diálogo multifocal respeito à diversidade performance teatral de grande inventividade cultivando a utopia abraçando a rebeldia e beijando a liberdade! Assim é o Coletivo chamado de Camaradas. Um grupo mui criativo nascido lá nas quebradas bem ao sul do Ceará que pra melhor explicar recorro à rima encantada: Constelação de Hermanos batalhão de gente boa. Bando de seres humanos, caravana de pessoas. Malta de batalhadores, cabruêra de inventores. Time figura de proa, congregação de artistas. Consórcio de trovadores, conclave de paisagistas. Elenco de cantadores, plêiade de zabumbeiros. Família de batuqueiros, multidão de bons atores. Tertúlia de grafiteiros, ruma de fotografistas. Orquestra de educadores, quadrilha de equilibristas. Fauna de recitadores, turma de compositores. Enxame de ensaístas, alcatéia de dançantes. Boiada de escultores, tropa de comediantes. Cardume de redatores, manada de desenhistas. Matilha de musicistas, ninhada de emboladores. Rebanho de cordelistas, revoada de pintores. Penca de cinegrafistas, alameda de escritores. Frota de xilografistas, cordilheira de estilistas. Magote de produtores, arquipelágo de modistas. Esquadrilha de autores, flora de artesanistas. Molho de restauradores, lote de coreografistas. Ramalhete de ativistas, cambada de vencedores! Eis então um Coletivo cheio de camaradagem. Acontecimento vivo carregado de imagem pra quem faço esta oração e invocando uma canção: Saúdo a quem tem coragem!






Espetáculo: Retroceder jamais.
Autores: Alexandre Lucas, Eduardo Victor, Ivanilson Felix, Jordlyane Almeida, Ricardo Alves e Thais Lima.
Diretor: Coletivo Camaradas.
Elenco: Alexandre Lucas, Eduardo Victor, Ivanilson, Jordlyane Almeida, Ricardo Alves e Thais Lima.
Release: Esta ação tem como perspectiva alertar a sociedade a cerca dos perigos que corremos ao permitirmos que a direita retorne ao poder, iremos por meio de stencil e lambe lambe  realizar ações de intervenções urbanas sinalizando ações antidireita.
Duração: 45 minutos.

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